PROCESSO DE DOAÇÃO-TRANSPLANTE: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DO/A ASSISTENTE SOCIAL EM UNIDADE HOSPITALAR DE ATENÇÃO TERCIÁRIA DO SUS
Resumo
O transplante de órgãos consiste em um campo de investigação e atuação interdisciplinar, sendo um dos avanços mais visíveis na prática médica, em termos científicos, políticos e éticos. Este estudo visou descrever, a partir da práxis do assistente social, especificidades das atribuições que são desenvolvidas no ambulatório de transplante, no tocante ao atendimento pré e pós-transplante. Concluiu-se que o processo de transplante demanda olhares e intervenções interdisciplinares, não se limitando à visão biomédica, na qual o corpo anatômico e, em especial, o enxerto, são comumente concebido. O estudo desnudou a carência de práticas institucionais que se destinam aos sujeitos envolvidos/família, indicando a importância de intervenções que o acolham e possibilitem elaborações, não só racionais, mas, prioritariamente, subjetivas, antes e após o transplante. O assistente social pode, a partir de seu lugar na equipe, favorecer o incremento de práticas e ações voltadas não só para o receptor, mas incluir o doador e a família.