A INDISSOCIABILIDADE DE INSTRUMENTAIS NO PROCESSO DETRABALHO DOS ASSISTENTES SOCIAIS

  • Danielly Vieira Alves Coelho
  • Eliane Martins Moreira de Araújo
  • Joyce Araujo Santos
  • Kássia Lorena dos Santos Valadão
  • Maria Nila Rodrigues Oliveira Silva
  • Sherly Maclaine de Jesus Santos
##semicolon## Indissociabilidade. Racionalidade. Instrumentais.

Resumo

A pretensão deste artigo é fazer uma reflexão teórica sobre a indissociabilidade dos instrumentais no processo de trabalho dos Assistentes Sociais, considerando essa análise fundamental e oportuna para o processo de formação e mediação do profissional de Serviço Social brasileiro, cujo objetivo é refletir acerca dos desafios enfrentados por essa profissão. Partindo do pressuposto de que o Serviço Social é uma profissão de caráter interventivo que busca estratégias para o enfrentamento de diferentes expressões da questão social, objetiva a emancipação dos sujeitos com quem atua, frente às transformações decorrentes da relação contraditória de produção e reprodução das relações sociais da sociedade capitalista de uma racionalidade instrumental formal legal, estabelecidas pelas leis, cuja finalidade é manter a dominação das classes, explorar a força de trabalho. O conteúdo deste estudo inicia com uma discussão sobre a racionalidade instrumental no Serviço Social brasileiro, mostrando que existe uma diferença entre a instrumentalidade e os instrumentais no processo de trabalho do Assistente Social, refletir também como se deu o trabalho social brasileiro como profissão ao longo dos anos, destacando a complexidade desse profissional intervir no enfrentamento dessas expressões da questão social, que cada vez mais se torna complexa e contraditória, exigindo sempre mais dos sujeitos, e é nesse contexto que o profissional de Serviço Social vai atuar, e para que esse profissional consiga responder as demandas desse sistema, precisa de uma profissionalização pautada nas dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa da profissão, evitando assim, uma intervenção meramente técnica e mantedora do conservadorismo. Na sequência busca-se explanar a necessidade de fazer uma fusão/interligação dos instrumentais que muito serão utilizados nas mediações dos profissionais de Serviço Social, para isso, destaca-se a importância de fazer uma interlocução entre os instrumentais e instrumentalidade, considerando que o processo de trabalho é um conjunto de atividades práticas e reflexivas, cujo objetivo é o alcance de finalidades, e que todo trabalho exige meios ou instrumentos para ser realizado, principalmente o fazer do Assistente Social que atua em meio às relações sociais, lidando diretamente com realidades de vidas, histórias e necessidades. E finaliza com a conclusão de que o profissional de Serviço Social é desafiado cotidianamente, pois ao mesmo tempo que participa da reprodução das relações sociais, inscrito na divisão social e técnica do trabalho, com sua autonomia relativa, devido a sua condição de assalariado, é chamado a fortalecer estratégias políticas de proteção social para consolidar direitos civis, sociais, políticos e humanos.

Publicado
2020-01-27
Seção
Serviço Social, Fundamentos, Formação e Trabalho Profissional